Monróvia — O ex-técnico da seleção nacional da Libéria, Paulo Luiz Campos, fez um retorno notável ao país na terça-feira, 4 de março de 2025, exatamente 39 anos após sua gestão com o Lone Star. O brasileiro de 68 anos treinou a seleção nacional da Libéria em 1986, com apenas 29 anos. Durante seu tempo como técnico principal, Campos levou a equipe liberiana para um campo de treinamento no Brasil e os gerenciou durante um torneio de seis nações realizado para a inauguração do Complexo Esportivo Samuel Kanyon Doe. Ele desempenhou um papel fundamental no recrutamento de jogadores notáveis, incluindo George Weah e James Debbah, para a seleção nacional sênior.
Campos está na Libéria para visitar o ex-Patrono Chefe dos Esportes, George Manneh Weah, que foi um membro-chave de seu time de 1986. Em uma entrevista com jornalistas esportivos em sua residência, Weah revelou que havia recomendado o técnico brasileiro ao governo da Libéria para uma função na seleção nacional, mas seu pedido não foi atendido. "Ele me disse que queria retornar à Libéria depois de tantos anos e ajudar na seleção nacional. A primeira coisa que eu disse a ele foi: 'Treinador, não sou mais o presidente do país e não trabalho para o governo, mas posso conectá-lo a eles'", revelou Weah. O ex-presidente explicou que contatou o Ministério da Juventude e Esportes, liderado pelo Cllr. Jeror Cole Bangalu, e forneceu os contatos do técnico. Ele disse que houve uma discussão, mas o governo acabou recusando a recomendação. Depois disso, Weah decidiu convidar Campos para uma visita de um mês, seguindo o conselho de seu amigo Cassell Kuoh. "O técnico Paulo está nos visitando por um mês por sugestão do meu amigo Cassell Kuoh", revelou Weah. Refletindo sobre o passado, Weah deu crédito a Campos por desempenhar um papel crucial na formação de sua carreira e influenciar sua ambição de se tornar um atacante de classe mundial. Quando perguntado sobre sua posição sobre a potencial candidatura de Cassell Kuoh para a presidência da Liberia Football Association (LFA) em abril de 2026, Weah expressou seu apoio, afirmando que acredita que Kuoh tem a capacidade e as qualidades de liderança para liderar a LFA. O ex-atacante do Invincible Eleven também observou que seus apoios anteriores para a presidência da LFA — incluindo Edwin Snowe, Musa Hassan Bility e Izetta Sombo Wesley — resultaram em vitórias, com cada uma contribuindo para o desenvolvimento do futebol na Libéria. De sua parte, o técnico Campos expressou alegria em retornar à Libéria depois de tantos anos longe da nação da África Ocidental. Ele relembrou como foi ele quem transformou Weah de ponta em atacante, reconhecendo seus instintos naturais de fazer gols. "Eu o recrutei para a seleção nacional e mudei sua posição porque ele tinha um talento especial para encontrar o fundo da rede", disse Campos.